#60 - Memorias do GC, tributo especial ao aniversariante Rubens Barrichello

 



Um grande abraço aos amigos, nossa serie "Memorias do GC" esta de volta pois devemos parabenizar um grande piloto brasileiro e mundial que é Rubens Barrichello que fez aniversario (49 anos) no ultimo domingo 24/05, e nada melhor que contar um pouco desta carreira brilhante e emblemática de um piloto que infelizmente para muitos ignorantes de automobilismo (muitos aqui do nosso pais) é desvalorizada, mas nós do GC reconhecemos os feitos e por ser o principal piloto do Brasil na F1 após Senna e Piquet. Rubens Gonçalves Barrichello tem a velocidade no seio da família por causa do tio Dárcio dos Santos, irmão de sua mãe, Idely e porque a casa de uma de suas avós dava para os fundos da curva 2 do antigo traçado de Interlagos. Já com 10 anos, estreou no kartismo, sedimentou uma carreira nos micromonopostos e, quando alcançou a idade mínima para correr em 1989, antes de completar 18 anos, estreou na Fórmula Ford. Venceu logo na estreia em Florianópolis, mas a equipe carioca Texaco-Petrópolis não deu hipóteses a ninguém e o campeão foi Tom Stefani.


Rubens passou à Fórmula Opel europeia via Draco. Pela equipe de Adriano Morini, levou o primeiro título internacional, assegurando um cockpit na F3 inglesa na West Surrey de Dick Bennets, a mesma equipe pela qual triunfaram, em anos anteriores, Ayrton Senna e Maurício Gugelmin. Num dos campeonatos mais disputados de sempre da F3 inglesa, Barrichello foi campeão. Ganhou quatro etapas, fez oito recordes de volta em prova e nove pole positions. E subiu mais um degrau, rumo à Fórmula 3000. Na equipe italiana Barone Rampante, Rubens fez quatro pódios, foi 3º colocado do campeonato, mas não pôde conter os italianos Luca Badoer e Andrea Montermini, campeão e vice. Mesmo assim, assegurou a passagem à Fórmula 1 pela Jordan.


Logo na 3ª prova impressionou com uma categoria de veterano no GP da Europa, largando de P12 para cruzar a primeira volta em quarto. Andou em segundo e poderia ter ido ao pódio, mas a gasolina acabou por um erro de cálculo. Num ano repleto de problemas técnicos, pontuou somente com um P5 lugar no GP do Japão. A temporada de 1994 foi de afirmação do talento daquele garoto de apenas 22 anos, com um pódio em Aida, uma pole histórica na Bélgica e excelentes performances que o fizeram terminar o campeonato em 6º lugar. Mas a carreira de Barrichello entrou em perigoso desvio quando a Jordan novamente alternou performances e outros pilotos, como Eddie Irvine por exemplo, chegavam à Ferrari. Jackie Stewart criou uma nova equipe e o chamou para ser seu primeiro piloto. E Barrichello fez um espetacular pódio em Mônaco. Apesar do carro rápido em várias pistas por conta dos pneus Bridgestone, faltou confiabilidade - em 1998, menos ainda e em 1999, piloto e equipe tiveram um ano tão bom que no meio do campeonato Rubinho já estava assinado com a Ferrari.


E veio a tão sonhada e desejada primeira vitória com uma atuação de gala em Hockenheim, outras provas épicas e algumas decepções, como o de não vencer o GP do Brasil e o maior de todos que foi o Gp da Áustria 2002. Apesar dos pesares, Rubens foi vice-campeão duas vezes e cabe sempre lembrar que seu colega de equipe era Michael Schumacher. Mas uma hora a paciência de Barrichello chegaria ao fim e ele deixou Maranello rumo à BAR, que viraria Honda. Após um péssimo campeonato sem nenhuma atenuante, não somou pontos em 2007 e resultados irregulares, a Honda se retirou e o que era a equipe japonesa tornou-se a Brawn GP em 2009. Qual cometa, a equipe passou uma única temporada na F1 e Barrichello teve sua última oportunidade de conquistar um título que teimou de escapar de suas mãos. Aos 37 anos, ele ainda era competitivo, rápido, venceu corridas mas Jenson Button teve um inicio de ano avassalador e foi campeão. Rubens chegou em 3º lugar.


Os dois últimos anos foram pela Williams e em 2011, com um distante 17º posto no Mundial de Pilotos, ele se despediu da Fórmula 1 aos 39 anos, com o recorde de 323 GPs disputados e ainda 11 vitórias, 14 poles, 17 recordes de volta, 68 pódios, 658 pontos somados e 894 voltas na dianteira. Depois disto, Rubinho seguiu outros caminhos, com participações na Fórmula Indy em 2012 e daí para diante, Stock Car (inclusive campeão por lá em 2014) e diversas outras aparições em categorias como o Brasileiro de Marcas, IMSA, Super TC2000, Top Race V6 e também nas 24h de Le Mans. Apaixonado pelo esporte e ainda competitivo, Rubens também acompanha os passos do filho Eduardo, o Dudu, que esteve nos EUA e agora corre na Fórmula Regional European Championship by Alpine. Pra encerrar essa homenagem ao nosso grande Rubinho, vamos relembrar uma pole position magica dele numa condição aonde o mesmo adorava que era a pista molhada, Gp do Brasil 2009 com a Brawn GP acompanhe o video!






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