Aquele domingo foi inesquecível, era o GP da Alemanha de 2000. Sentei-me na sala com minha xícara de café enquanto os pilotos estavam na volta de apresentação. A corrida não ia ser fácil pois Rubens Barrichello ia largar na posição de número 18 e teria que ultrapassar muitos carros para chegar aos pontos.
Os carros alinharam-se no grid, sobe o giro dos motores, as luzes vermelhas se apagam e está dada a largada.
Logo na primeira curva Schumacher da Ferrari foi tirado por Fisichella então na Benetton em um acidente de corrida.
Barrichello tinha de fazer uma corrida de recuperação e foi isso que ele fez. Já na primeira volta Barrichello estava em 11°.
Na volta de número 35 começa a chover e numa decisão de Barrichello que decide não entrar nos boxes para trocar os pneus para pneus de chuva. Naquele tempo o circuito de Hockenheim tinha uma parte extensa chamada floresta, uma parte da pista muito veloz que era cercada por árvores e uma grande floresta. A parte da floresta estava mais seca enquanto na parte chamada de estádio, parte mais técnica do circuito que hoje é quase 100% do GP atual da Alemanha estava mais molhado. Com esse cenário Barrichello deu um show de pilotagem, na floresta com muita velocidade e na parte do estádio ia no detalhe, seguindo o traçado molhado com pneus slicks no talento pra não rodar. Lembro-me que ficava nervoso nessa parte do circuito pra que Rubens não rodasse.
E foi assim, Barrichello conseguiu sua primeira vitória pela Ferrari e na Fórmula 1 com muita propriedade. Na bandeirada quadriculada escutamos o tema da vitória que nos acostumamos no Brasil.
Lembro-me de algumas pessoas gritando Brasil na rua de casa e pelo bairro e até chorando de alegria.
Esse GP inesquecível é um dos 1000 GPs de Fórmula 1 mais marcantes que assisti.
Comentários
Postar um comentário