#57 - Memorias do GC, um tributo ao aniversariante Heinz Harold Frentzen

Hoje o tributo vai ao aniversariante da semana Heinz-Harald Frentzen que completou 54 anos ontem 18 de maio. Vamos falar um pouco da carreira do piloto Alemão de Mönchengladbach, HHF começou no automobilismo como kartista aos 13 anos, em 1980. 





Entrou na Fórmula Ford 2000 e demorou três anos para chegar ao primeiro título, até passar à recém-criada Fórmula Opel e ganhar a temporada alemã. No ano de 1989, compôs com o austríaco Karl Wendlinger e um certo Michael Schumacher uma trinca de jovens famintos e promissores que disputou pau a pau o título da Fórmula 3 alemã. Wendlinger venceu os rivais por UM único ponto - 164 a 163. Frentzen foi o vice por ter ganho quatro provas. Schumacher, duas - assim como Wendlinger. Tamanha performance do trio chamou a atenção de Jochen Neerpasch, diretor da Mercedes-Benz. Imediatamente os garotos foram alocados no programa júnior da marca da estrela de três pontas, além de Fritz Kreutzpointer, que caiu no esquecimento. Contudo, HHF cometeu o erro de tentar disputar a Fórmula 3000 em 1990, na busca desenfreada por uma vaga na Fórmula 1. Fez dois maus campeonatos pelas equipes Jordan e Vortex - seu melhor resultado nunca foi além de um 5º lugar. E tomou outro rumo equivocado: enquanto Wendlinger e Schumacher seguiram na Europa e já estreavam na F1, Frentzen foi para o Japão. Na Fórmula Nippon, disputou 12 corridas e seus resultados entre 1992 e 1993 foram escassos. Salvou-se uma pole em Fuji, defendendo o Team Nova. 


Quando sua carreira já apontava para o limbo, Peter Sauber lembrou-se de sua existência e lhe ofereceu um teste e depois um contrato para defender a Sauber-Mercedes em 1994. No ano de estreia, HHF tornar-se-ia o líder da equipe após o acidente de Wendlinger em Mônaco. Terminou o ano em 13º lugar no Mundial. Pontuou quatro vezes e seu melhor resultado foi um 4º no GP da França. Nas temporadas seguintes, a Sauber teve à disposição motores Ford. Veio o primeiro pódio no GP da Itália em 1995 e um campeonato abaixo da expectativa em 1996. No fim do contrato, a Williams apareceu no horizonte acenando com a vaga que era de Damon Hill e HHF seria o novo companheiro de Jacques Villeneuve.


Numa das melhores equipes da F1 na época, Frentzen não conseguiu decolar. Venceu apenas uma vez no GP de San Marino e sua inconstância o deixou apenas em 3º na classificação - transformado em vice porque Michael Schumacher foi eliminado pela FIA após bater em Villeneuve na decisão em Jerez de la Frontera. O segundo ano foi ainda pior: o FW20 nem de longe repetiu o desempenho do modelo anterior e sem o suporte técnico da Renault, a equipe deu para trás. Frentzen foi apenas sétimo no campeonato e só foi ao pódio na abertura do campeonato em Melbourne.



Dispensado pela Williams, aportou na Jordan, onde teria Damon Hill como parceiro. Ninguém podia prever, mas a temporada de 1999 foi a melhor de HHF na Fórmula 1. O alemão ganhou o GP da França, triunfou em Monza de forma surpreendente e chegou a sentir de perto o gosto de brigar pelo título. Mas com apenas quatro pontos somados nas provas finais, fechou o ano num incrível 3º lugar, em 2000 foi ao pódio somente duas vezes no Brasil e em Indianápolis, decaindo ainda mais de desempenho na temporada seguinte, quando no meio do ano foi preterido na Jordan por Jean Alesi, trocando de lugar com o francês na Prost Grand Prix, que vinha mal das pernas. Naquele campeonato, HHF somou apenas seis pontos.


No ano de 2002, assinou com a Arrows, já em situação ruinosa e mesmo assim conseguiu dois sextos lugares em Barcelona e Mônaco. Porém, com débitos junto à Cosworth, a equipe passou pelo vexame de obrigar seus pilotos a tirar o pé nos treinos e não se classificarem, evitando a enorme multa pecuniária da FIA por forfait. A Arrows faliu após o GP da Alemanha e HHF voltou à Sauber para uma corrida ainda naquele ano, substituindo Felipe Massa. E foi no lugar do jovem brasileiro que Frentzen disputou suas últimas provas de Fórmula 1. No GP dos EUA, foi ao pódio pela derradeira oportunidade. Na pista de Suzuka, fechou um cartel de 156 GPs, com três vitórias, duas poles, seis recordes de volta, 18 pódios, 174 pontos somados e 150 voltas na dianteira.

Depois da categoria máxima, Frentzen fez três temporadas no DTM sem muito destaque, com modelos Opel e Audi.  Foi ao pódio quatro vezes naquele certame. Heinz-Harald disputou também as 24h de Le Mans em duas oportunidades - em 1992 com um protótipo Lola T92/10 e em 2008 a bordo de um Aston Martin LMGT1 junto a Karl Wendlinger e Andrea Pìccini. Chegou em 16º na geral e quarto na sua subclasse. Foi um piloto de muito destaque nos anos 90 e pra encerrar nada melhor que uma volta rápida com Harold Frentzen na antiga pista de Hockenhein, confira esse vídeo: 





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